Nesta terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei do Combustível do Futuro, marcando um novo capítulo para o setor bioenergético brasileiro. A legislação estabelece um marco regulatório inédito, promovendo políticas públicas que incentivam a produção de biocombustíveis e consolidam o papel do Brasil na transição para uma economia verde. Entre os principais combustíveis contemplados pela nova lei estão o etanol, o biometano e o combustível sustentável de aviação (SAF).
Durante a solenidade de sanção, realizada na Base Aérea de Brasília, Lula destacou a importância histórica deste momento: “O Brasil é um modelo para o mundo. Vocês não têm dimensão de como é que eu me sinto hoje, olhando para o mundo e dizendo: o Brasil é o país que vai fazer a maior revolução energética do planeta Terra”. Para o presidente, a sanção da Lei do Combustível do Futuro é uma demonstração de que o Brasil pode se tornar uma grande economia sustentável.
A Importância da Nova Lei para o Setor Bioenergético
A Lei do Combustível do Futuro inclui medidas como a ampliação da mistura de etanol na gasolina, o que contribuirá para a redução de emissões de gases de efeito estufa, além de promover a mobilidade sustentável. Uma das inovações mais relevantes é a implementação de uma avaliação de ciclo de vida para mensurar a redução de emissões por quilômetro rodado, garantindo maior eficiência ambiental no setor de transporte.
Outro ponto de destaque é a criação do Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que visa fortalecer a produção de combustíveis verdes para o setor aéreo, e o Programa Nacional de Incentivo ao Biometano. Esses programas buscam fortalecer a posição do Brasil como líder global na produção de combustíveis sustentáveis.
Além disso, a lei também institui o marco regulatório para captura e estocagem de carbono, permitindo que o país evite a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.
Repercussão e Expectativas para o Futuro
Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), celebrou a sanção da lei como um marco na história do setor: “Hoje o futuro da mobilidade sustentável chegou, e é o Brasil que lidera esse processo. O projeto de Lei do Combustível do Futuro vai transformar esse setor e posicionar o país na vanguarda da economia de baixo carbono”.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou o impacto econômico da nova legislação. Segundo ele, o desenvolvimento dos biocombustíveis vai gerar mais de R$ 260 bilhões para o agronegócio e toda a cadeia produtiva, fortalecendo o Brasil como um ator-chave na economia verde global.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também destacou a importância da transição energética para o Brasil e a necessidade de avançar com mais projetos voltados para energias limpas e renováveis, consolidando o país como uma potência na área.
O relator do projeto, deputado federal Arnaldo Jardim, ressaltou que a matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo e que o país deve ser reconhecido como protagonista na luta contra as mudanças climáticas. “O Brasil não é algoz ambiental. O Brasil é vanguarda da nova economia, da economia de baixo carbono, da economia verde”, afirmou.
Uma Nova Era para a Energia Sustentável
A sanção da Lei do Combustível do Futuro reforça o compromisso do Brasil com a transição para uma economia de baixo carbono e sustentável. A nova legislação não apenas fortalece o setor de biocombustíveis, mas também abre caminho para que o país seja uma referência global na produção de energia limpa e renovável. Com a implementação de novas políticas públicas e incentivos, o Brasil está prestes a assumir uma posição de liderança no cenário mundial, garantindo um futuro mais sustentável para as próximas gerações.