Abelhas sem ferrão proporcionam sustentabilidade e renda em São Bernardo do Campo

Iniciativa local transforma comunidades com práticas sustentáveis de melipolicultura, reforçando a importância da conservação ambiental e o desenvolvi

Abelhas sem ferrão proporcion

São Bernardo do Campo, outubro de 2024 — Melipolicultura. Uma palavra que pode soar incomum e pouco conhecida, mas é uma prática com diversas possibilidades e benefícios socioambientais. A criação de abelhas sem ferrão aparece como alternativa à apicultura e não apenas protege a biodiversidade, mas também oferece novas fontes de renda para comunidades que a adotam. Foi nesse contexto que surgiu o projeto Colmeias Urbanas da Ecolmeia, uma organização socioambiental de São Bernardo do Campo, São Paulo, como uma das iniciativas selecionadas pela BASF no Edital Conectar para Transformar de 2024.

O projeto recentemente beneficiou três aldeias indígenas no entorno da represa Billings em São Bernardo do Campo e São Paulo, com a entrega de colmeias produzidas pelos participantes da iniciativa, transformando significativamente o cotidiano dessas comunidades. Em uma fria manhã, as representantes da Ecolmeia e da Associação Protetora: Indígenas, Natureza, Animais e Necessitados (Apinan) chegaram à Aldeia Brilho do Sol da etnia Guarani Mbyá, na região do pós-balsa. Lá, entregaram ao cacique José duas caixas racionais para a melipolicultura com atrativos para as abelhas sem ferrão. Além das colmeias, a Apinan doou roupas, cobertores, ração e vitaminas para os animais da aldeia.

Na Reserva Guyrapaju da etnia guarani, também na região do pós-balsa, o cacique Elson, recebeu as voluntárias. Duas caixas foram entregues nesta aldeia, sendo de fácil acesso, onde moradias são mais espaçadas e abrigam uma população mais diversificada, incluindo argentinos recém-chegados. "A meliponicultura é mais que uma atividade econômica, é uma forma de preservar nosso meio ambiente enquanto fortalecemos as comunidades locais", comentou Elaine Santos, diretora presidente da Ecolmeia.

Já na Aldeia Krututu, localizada no extremo de São Paulo e conhecida por sua infraestrutura robusta, as colmeias foram entregues à esposa do cacique. Krututu se destaca por possuir uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Centro de Educação e Cultura Indígena, Escola Estadual Indígena e uma grande cozinha comunitária. Ivânia Palmeira, consultora de sustentabilidade da BASF, destaca a importância da educação ambiental para o desenvolvimento das comunidades. "Estamos comprometidos em apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a inclusão social. Ver o impacto positivo nas comunidades que nos cercam, nos motiva a continuar investindo em ações que impactam vidas", comenta Ivânia.

Além das entregas de colmeias, o projeto que tem duração de sete meses, ofereceu oficinas de meliponicultura e formação em educação ambiental para moradores da cidade, abordando temas como a importância das abelhas para o equilíbrio ambiental e os benefícios do mel como alimento nutritivo e seguro. As oficinas incluíram a preparação de alimentação para as abelhas, com bombons nutritivos de pólen para reforço alimentar durante o frio, e ensinamentos sobre a montagem de iscas para captura de abelhas sem ferrão. “Essas atividades não só educam os participantes sobre práticas sustentáveis, mas também fornecem habilidades práticas que podem ser usadas para gerar renda”, complementou Elaine. Além disso, os participantes também receberam formação em empreendedorismo.

Em 2023, mais de 700 mil pessoas foram beneficiadas pelas mais de 200 ações de engajamento social realizadas pela BASF na América do Sul. O impacto partiu tanto da rede de parceiros da empresa, como também de seu programa de voluntariado, que conta com cerca de 1 mil colaboradores nos países da região.

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