O Banco Central anunciou uma elevação na taxa Selic, marcando a primeira alta em mais de dois anos. A decisão, amplamente esperada pelo mercado, ocorreu após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar os juros em 0,25 ponto percentual, elevando a taxa básica para 10,75% ao ano. Essa mudança reflete a preocupação com a resiliência da atividade econômica, a pressão no mercado de trabalho e o aumento das expectativas de inflação.
A última elevação dos juros aconteceu em agosto de 2022, quando a Selic foi ajustada de 13,25% para 13,75% ao ano. Entre cortes graduais ao longo de 2023 e 2024, a taxa foi mantida em 10,5% até a recente decisão de alta. O Banco Central destacou a importância de manter a inflação dentro da meta, embora os impactos da seca prolongada e a alta do dólar possam continuar pressionando os preços.
Com o aumento da taxa, o crédito no Brasil ficará mais caro, o que deverá desestimular o consumo e a produção no curto prazo, ajudando a controlar a inflação, que acumula alta de 4,24% nos últimos 12 meses. Analistas já indicam que o crescimento do PIB e o cenário econômico podem ser impactados por essa medida.