No segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 1,4% em comparação com o trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado positivo foi impulsionado principalmente pelo desempenho robusto da indústria, que cresceu 1,8%, e pelos serviços, que avançaram 1,0%. Por outro lado, a agropecuária apresentou um recuo de 2,3%, demonstrando os desafios enfrentados pelo setor no período.
O PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no segundo trimestre, dos quais R$ 2,5 trilhões correspondem ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento no período foi de 16,8% do PIB, superando os 16,4% registrados no mesmo trimestre de 2023, enquanto a taxa de poupança caiu para 16,0%, abaixo dos 16,8% do ano anterior.
Indústria em Alta e Agropecuária em Queda
O crescimento de 1,8% na indústria foi impulsionado por setores como Eletricidade e gás, água, esgoto, e atividades de gestão de resíduos, que subiram 4,2%, e a Construção, com alta de 3,5%. As Indústrias de Transformação também se destacaram, com um crescimento de 1,8%. No entanto, as Indústrias Extrativas enfrentaram um declínio de 4,4%, refletindo desafios no setor de extração.
Em contraste, a agropecuária recuou 2,3% no trimestre, afetada por condições adversas para culturas importantes como milho e soja, que registraram quedas significativas na produtividade.
Desempenho dos Serviços e Consumo das Famílias
O setor de serviços, que representa uma parte significativa da economia brasileira, também apresentou crescimento, com destaque para as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%) e Informação e comunicação (1,7%). A Despesa de Consumo das Famílias e a Despesa de Consumo do Governo aumentaram 1,3% cada, impulsionando ainda mais o PIB.
Comparação Anual: Crescimento de 3,3%
Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB avançou 3,3%, com a indústria crescendo 3,9% e os serviços subindo 3,5%. Entretanto, a agropecuária recuou 2,9%, refletindo a queda na produção de culturas como milho e soja.
O crescimento na Formação Bruta de Capital Fixo foi notável, com um aumento de 5,7% no trimestre, impulsionado pela expansão na construção e no desenvolvimento de sistemas de informática. No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 4,5%, enquanto as importações subiram 14,8%, indicando uma maior demanda por produtos estrangeiros.
Perspectivas e Desafios
Apesar do crescimento sólido, o recuo na agropecuária e os desafios enfrentados pelas indústrias extrativas ressaltam a necessidade de políticas públicas eficazes para mitigar os impactos de fatores adversos. Além disso, a queda na taxa de poupança aponta para a importância de estratégias que incentivem o aumento da poupança doméstica, crucial para o financiamento de investimentos futuros.
No acumulado dos quatro trimestres até junho de 2024, o PIB brasileiro cresceu 2,5%, refletindo uma economia que, apesar dos desafios, segue em recuperação. As expectativas para os próximos trimestres permanecem cautelosamente otimistas, com foco na continuidade do crescimento industrial e na recuperação da agropecuária.
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