Brasil Alcança Recorde Histórico na Produção de Biocombustíveis em 2023

Em 2023, o Brasil atingiu um marco histórico na produção de biocombustíveis, com a combinação de etanol e biodiesel totalizando quase 43 bilhões de litros. Esse avanço, evidenciado no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), reflete o crescimento robusto e a diversificação das fontes de energia renováveis no país.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, “esses resultados fortalecem a posição do Brasil como líder na produção e uso de biocombustíveis no cenário global, contribuindo significativamente para a matriz energética nacional e para a redução das emissões de gases de efeito estufa. É o Brasil na liderança da transição energética justa e inclusiva, trazendo desenvolvimento econômico e beneficiando o nosso povo.”

O etanol, um dos destaques do ano, apresentou um crescimento de 15,5%, alcançando 35,4 bilhões de litros. A produção de etanol anidro, utilizado como aditivo na gasolina, aumentou 13,5% em comparação ao ano anterior, enquanto o etanol hidratado, vendido diretamente nos postos, teve um crescimento de 16,8%. A região Sudeste foi a principal produtora, com 17,2 bilhões de litros, correspondendo a 48,5% da produção nacional. O aumento na produção também foi notável nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste.

Na área do biodiesel, o Brasil produziu mais de 7,5 bilhões de litros, impulsionado pela elevação do percentual de mistura obrigatória ao diesel para 12%, a partir de abril de 2023. A região Sul destacou-se como a maior produtora de biodiesel, com 3,1 bilhões de litros, seguida pela região Centro-Oeste com 3 bilhões de litros. Além disso, o biometano, outro biocombustível importante, registrou um crescimento significativo, com uma produção de 74,9 milhões de m³, marcando um aumento de 12,3% em relação ao ano anterior.

Esses resultados não apenas destacam o avanço do setor de biocombustíveis no Brasil, mas também solidificam o país como um líder global na transição para uma matriz energética mais sustentável e diversificada.