Tecnologia de secagem do milho retira umidade do grão de forma uniforme mantendo a qualidade original que vem da lavoura

Sistema desenvolvido por empresa brasileira também reduz o tempo de secagem do milho, agilizando o processo de colheita e escoamento do grão

Tecnologia de secagem do milho

O momento é de colheita do milho de segunda safra, e ao mesmo tempo se inicia a movimentação para limpeza dos armazéns, preparo para secagem, armazenamento e escoamento da nova safra. No processo de secagem, muitas vezes os secadores de baixa eficiência e lentos, provocam um represamento da colheita e longas filas de caminhões a espera para descarregar. Na última semana, o estado do Mato Grosso registrou a colheita de cerca de 76% dos 6,94 milhões de hectares plantados na safra 2023/24.

Com os grãos já colhidos, o processo de secagem precisa ser rápido e eficiente, ao mesmo tempo, é preciso manter o padrão de qualidade desejado no beneficiamento do milho recém-colhido. Etapa fundamental no pós-colheita, o processo de secagem é determinante na redução da umidade do milho, que deve ficar entre 12% a 14%, b.u., conforme estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No caso do milho, um bom planejamento e cuidados adequados podem diminuir em torno de 6% as perdas da produção dentro da propriedade.

De acordo com os especialistas, o milho vem das lavoras com o percentual de umidade em torno de 18% a 30%, umidade que ainda mantém a qualidade nutricional dos grãos, porém muito propício para o desenvolvimento de patógenos na fase pós-colheita, caso não seja devidamente tratado. Mas uma tecnologia nacional, desenvolvida por um pesquisador brasileiro, permite realizar a secagem de grãos cinco vezes mais rápida, mantendo a qualidade original do grão que sai da lavoura.

“Consiste em aquecer, por meio de vários fluxos ar, tão rapidamente o grão que a umidade interna é puxada para fora, antes que o seu interior aqueça ou queime, assim conseguimos retirar a umidade da massa de forma uniforme”, explica Otalício Pacheco da Cunha, responsável pelo projeto e diretor da Dryeration, empresa brasileira que produz secadores de grãos há mais de 43 anos.

Além de permitir uma secagem uniforme, a tecnologia permite que o processo de secagem de grãos ganhe em agilidade, rentabilidade, e, até mesmo, nos cuidados com questões ambientais.

“Nossa tecnologia oferece, além da secagem rápida, uma eficiência térmica e energética, reduzindo em até 10 pontos percentuais de umidade por hora; eliminando a fumaça no produto e mantendo a qualidade do grão sem odores. Isso assegura plena palatabilidade e resultados de ganhos de peso na alimentação animal, acima da média, visto que o principal destino são as indústrias de ração para gado leiteiro, suinocultura e avicultura”, explica Otalício. E completa: “Nossa tecnologia de secagem não danifica o grão e não deixa cheiro de fumaça. Como a fornalha é de fogo indireto, o equipamento não deixa esse residual”. 

Outro ponto de destaque é a versatilidade dos equipamentos, que atendem tanto as necessidades de grandes produções, como de pequenos volumes. “Nossa meta sempre foi desenvolver uma solução que resolvesse o problema do produtor, independentemente do tamanho do negócio, por isso, no nosso portfólio contamos com secadores com capacidade de secagem de 20 a 500 toneladas/hora”, ressalta Otalício.

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