A taxa de desocupação no Brasil atingiu 7,1% no trimestre encerrado em maio de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa uma queda de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2024 (7,8%) e uma redução de 1,2 p.p. quando comparado ao mesmo período de 2023 (8,3%). Este é o menor índice de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde 2014, quando a taxa também foi de 7,1%.
A força de trabalho, que inclui pessoas ocupadas e desocupadas, foi estimada em 109,1 milhões de pessoas no trimestre de março a maio de 2024. Este número cresceu 0,3% (330 mil pessoas) em comparação com o trimestre encerrado em fevereiro de 2024 e 1,6% (1,8 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior.
Setores de Atividade
A análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade no trimestre móvel de março a maio de 2024, comparado ao trimestre de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, revelou um aumento significativo no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou 776 mil pessoas). Por outro lado, houve uma redução no grupamento de Transporte, armazenagem e correio (2,5%, ou 146 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variações significativas.
Comparando com o mesmo trimestre de 2023, houve aumentos notáveis em vários setores: Construção (3,8%, ou 273 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (6,3%, ou 338 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (6,7%, ou 813 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,7%, ou 827 mil pessoas) e Outros serviços (4,6%, ou 242 mil pessoas). Entretanto, o setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou uma redução de 3,2% (262 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variações significativas.
Rendimento Médio Mensal
A análise do rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo os grupamentos de atividade, mostrou estabilidade em todos os grupamentos na comparação com o trimestre de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024.
No entanto, em comparação com o trimestre de março a maio de 2023, houve aumentos nos seguintes setores: Indústria (7,8%, ou R$ 222), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,4%, ou R$ 136), Transporte, armazenagem e correio (5,5%, ou R$ 155), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5,8%, ou R$ 245) e Outros serviços (9,8%, ou R$ 225). Os demais grupamentos não apresentaram variações significativas.
Posição na Ocupação
A análise do rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo a posição na ocupação, também indicou estabilidade em todas as posições quando comparado ao trimestre de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024.
Em comparação com o trimestre de março a maio de 2023, houve aumentos para: Empregado com carteira de trabalho assinada (4,1%, ou R$ 116), Empregado sem carteira de trabalho assinada (5,7%, ou R$ 116), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (6,4%, ou R$ 291) e Conta-própria (7,3%, ou R$ 176).
Foto: Tânia Rêgo