São Paulo, junho de 2024 – Na última terça-feira, 11 de junho, o Grupo Petrópolis, maior cervejaria com capital 100% nacional, esteve presente no Brasil Brau 2024, que é o maior evento profissional da indústria cervejeira na América Latina. Durante o evento, ocorreu o XVII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira, que contou com uma palestra de Leonardo Pena, especialista em Inovação de Cerveja e Produção do Grupo Petrópolis, que falou sobre o desenvolvimento da cultura de produção de lúpulo no Brasil.
Desde 2018, o Grupo Petrópolis vem desenvolvendo o programa do lúpulo, que visa impulsionar a cultura da produção nacional dessa matéria-prima essencial à produção de cerveja, majoritariamente importada da Europa e dos Estados Unidos. O programa buscou soluções para adaptação do lúpulo às condições climáticas e do solo brasileiro, iluminação artificial para atender à necessidade da plantação, indisponibilidade de maquinário específico no país para o beneficiamento do lúpulo e barreiras para o escalonamento, sejam ligadas à mecanização do campo, seja na industrialização das operações de processamento.
O programa do lúpulo teve início no Centro Cervejeiro da Serra, uma microcervejaria instalada junto à fábrica em Teresópolis (RJ), onde são desenvolvidas as cervejas especiais do portfólio do Grupo, e atualmente possui 7,5 hectares plantados na Serra Fluminense e em Uberaba (MG), a maior plantação do Brasil homologada pelo Ministério da Agricultura.
“Estamos avançando cada vez mais na produção do lúpulo no Brasil, desenvolvendo tecnologias que viabilizam a produção do insumo no país. Hoje possuímos equipamentos que permitem produzir o lúpulo na forma de pellets bastante aceitos pelas cervejarias. Além disso, a empresa está buscando desenvolver técnicas de manejo adaptadas às condições do Brasil”, conta Pena.
O programa do Grupo Petrópolis tem como objetivo, ainda, fomentar a cultura de produção de lúpulo entre pequenos agricultores, compartilhando experiências e aprendizados. O escalonamento da produção advém, por exemplo, da técnica de iluminação artificial, que permite ao produtor brasileiro colher duas safras por ano (enquanto em outros países do hemisfério norte, tradicionais nesse cultivo, é feita apenas uma safra anual no verão, que tem os dias mais longos). Inclui também o desenvolvimento de maquinários para o beneficiamento do lúpulo, que podem gerar ganho de escala para pequenos produtores.
O Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira vem disseminando, desde a década de 1980, conhecimento para a indústria, sendo a principal plataforma de reflexão das transformações vividas para a indústria cervejeira e pelo mercado. Em 2024, dentro diversos temas relevantes para este mercado, trouxe uma discussão sobre uma das principais matérias-primas da cerveja, o lúpulo, na qual o Grupo Petrópolis foi protagonista.