O diálogo sobre políticas públicas para acelerar a transição energética se destaca na participação brasileira durante a Sugar Week, em Nova Iorque, Estados Unidos. A cidade recebe, até 10 de maio, lideranças globais da indústria de bioenergia para discutir avanços e desafios para o setor.
Nesta terça-feira (7), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) promoveu o seminário “Biometano e CCS: a nova fronteira da energia”, em parceria com a XP Investimentos. Participaram parlamentares e cerca de 40 líderes de empresas e de entidades setoriais. O debate foi mediado pelo presidente da UNICA, Evandro Gussi.
“Estamos prontos para escalonar a produção de biometano, e temos em tramitação no Congresso Nacional políticas públicas que convergem para impulsionar essa indústria”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Alessandro Gardemann.
O biometano é um biocombustível renovável, que atua como substituto do diesel e do gás natural, reduzindo as emissões de CO2 em até 95% se comparado aos combustíveis fósseis. O potencial no setor sucroenergético brasileiro é de aproximadamente 7,2 milhões de metros cúbicos por ano, segundo o Programa de Energia para o Brasil (BEP), do governo britânico e executado por um consórcio de organizações, entre elas a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Políticas públicas
Presentes ao debate, os deputados federais Arnaldo Jardim, Zé Vitor e Marussa Boldrin reforçaram a importância da agenda para o país. “Estamos aqui para defender o etanol e demais produtos dessa indústria para o Brasil, gerando empregos e renda para a população”, disse o deputado Zé Vitor, presidente da Frente Parlamentar do Etanol na Câmara dos Deputados.
O deputado Arnaldo Jardim tratou sobre a relevância dos projetos de lei em tramitação no Congresso, como o Combustível do Futuro e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), lembrando também o pioneirismo do RenovaBio, instituído em 2017. “Consagramos os princípios do poço à roda e do berço ao túmulo”, destacou.
Com isso, a avaliação dos combustíveis irá contabilizar todas as emissões de gases de efeito estufa (GEE), desde o processo de cultivo e extração de recursos, produção dos combustíveis líquidos ou gasosos ou da energia elétrica, sua distribuição e utilização em veículos leves e pesados de passageiros e comerciais.
Fonte: Unica