Investir em projetos de eficiência energética é essencial para empresas que querem se manter competitivas e atuantes. Uma companhia pode mudar por completo a sua realidade de consumo de energia, agregando mais sustentabilidade ao negócio. Estima-se que só o setor da indústria poderia economizar mais de R$10,5 bilhões com ações de eficiência energética, até 2050. Isso representa uma economia média de 34% nos custos com energia para as empresas, segundo dados do Programa PotencializEE.
Estes projetos podem ser feitos pelas ESCOs (Energy Services Company), empresas de engenharia especializadas em serviços de conservação de energia, “ou melhor, em promover a eficiência energética e de consumo de água nas instalações de seus clientes, independentemente do porte ou setor de atuação”, explica o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), Bruno Herbert.
As ESCOs fazem todo diagnóstico energético e estruturam ações de eficiência adequadas para a realidade de consumo de cada negócio. “Neste projeto, são detalhados como, onde, de que forma, quem e quando será realizada a implantação. Além disso, apresenta com precisão o investimento que deverá ser aportado para implantação do projeto de EE, com detalhe por sistema/ oportunidade e as economias advindas de cada um”, pontua o especialista.
Com isto, é possível ter uma visão clara da relação custo x benefício de cada oportunidade definida e também do projeto como um todo, identificação de oportunidades para reduzir gastos com energia (elétrica, gás, combustível e renováveis e água) em suas várias formas de utilização, além da avaliação da confiabilidade de fornecimento e possibilidade de substituição parcial ou integral do insumo energético em consumo.
Para a ABESCO, o país tem um mercado potencial de EE que pode deixar de ser uma despesa para os cofres públicos e se tornar um fator importante para a competitividade das indústrias e comércios. “Nosso desperdício energético hoje é altíssimo. A cultura da eficiência pode mudar este cenário, promovendo crescimento econômico e trazendo sustentabilidade para a economia nacional”, detalha o presidente da Associação.
O especialista reforça que é preciso entender a eficiência energética como medida que aumenta a resiliência do sistema elétrico e também de ganho de produtividade, colocando-a como primeira fonte de energia. “Antes de construirmos novas usinas, precisamos esgotar todas as possibilidades de reduzir o consumo de energia. Isso além de ser mais barato, nos ajuda a construir um futuro mais limpo, mais próspero e mais seguro para todos”, finaliza.
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