Uma comissão do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, junto a membros do Sistema Famasul, participou de uma reunião com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, a fim de defender a diminuição do Imposto Territorial Rural (ITR). Sensível à pauta, a prefeita marcará na próxima semana uma nova agenda para divulgar a determinação do poder executivo. A reunião que pleiteou a redução do imposto aconteceu nesta sexta-feira (15), no gabinete da prefeita.
Semelhante ao IPTU, o ITR tem particularidades que levam em consideração os Valores de Terra Nua (VTN), bem como a aptidão para determinadas atividades. Campo Grande, atualmente, tem a maior cobrança de Mato Grosso do Sul.
“Dentro da arrecadação do município de Campo Grande, o ITR ocupa um percentual relativamente pequeno, então o impacto no caixa da prefeitura seria ínfimo. Enfrentamos uma realidade no mercado com todas as commodities em queda, assim como a soja, milho, arroba do boi, produtos da fruticultura, todos estão sofrendo também uma queda no consumo”, explica o presidente do SRCG, Alessandro Coelho. “É uma retração muito grande, mas a prefeita se mostrou sensível à questão. Mostramos a ela um comparativo com os outros municípios do estado, inclusive municípios muito produtivos, onde têm solos com qualidades superiores. Acredito que a prefeita tomará uma atitude positiva em favor da classe produtora”, completa Coelho.
Durante a reunião, foi entregue um documento técnico elaborado pelo advogado ligado ao Sindicato Rural de Campo Grande, Arthur Lopes Ferreira Neto, juntamente com o coordenador técnico do Senar/MS, André Luiz Nunes, e a assessora jurídica do Sistema Famasul, Giovana Zampieri Omena. O estudo consta os avanços dos valores do ITR nos últimos anos, bem como a justificativa para a redução, com dados do cenário econômico das commodities agrícolas, em fase de desvalorização.
Também defenderam a diminuição do ITR, durante a reunião, o vice-presidente do Sindicato, Eduardo Monreal, e o diretor, Ronan Salgueiro.