Mulheres na agricultura: histórias de quem faz a diferença no setor

Agristar traz a trajetória inspiradora de mulheres que atuam dentro e fora do campo

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Seja no campo ou na cidade, a presença feminina é capaz de impulsionar qualquer negócio. Apesar de ser um assunto que ganhou mais destaque nos últimos anos, há tempos mulheres vêm fazendo história e conquistando seus espaços. Por isso, a Agristar, referência nacional no desenvolvimento, produção e comercialização de sementes de hortaliças, frutas, ervas e flores, traz trajetórias inspiradoras de mulheres que superaram barreiras e fazem a diferença na agricultura. Sócia-proprietária do Viveiro MK - revendedor dos produtos das linhas Agristar, localizado em São Mateus do Sul (PR), Simoni Machado tem uma rotina agitada cuidando da gestão do negócio. Mas, apesar disso, reforça a importância de manter os cuidados, também, consigo mesma. “Especialmente sendo mulher, não podemos nos deixar de lado, precisamos nos cuidar e nos fortalecer. Afinal, temos uma grande importância no campo, no setor, e precisamos estar bem para que essa presença cresça cada vez mais”.

E essa força tem como maior inspiração sua mãe, que, segundo ela “nunca deixou faltar nada em casa. Todos os dias estava lá, batalhando, trabalhando no campo e não desistia das coisas”.

Tanto no viveiro como na região, Simoni diz perceber uma forte presença feminina e deixa um recado de incentivo a todas que atuam no agro. “A mulher vê antes de ocorrer, graças à sua destreza, estratégia e atenção aos detalhes a sua volta. Temos que usufruir disso para continuar conquistando espaços que também são nossos”.

Assim como a viveirista, Zádina Camelo Mesquita, diretora comercial da revenda Agrofértil Camelo, localizada em Guaraciaba do Norte (CE), também construiu uma história de sucesso estando em um cargo de liderança.

Tudo começou quando ela entrou ‘de cabeça’ no pequeno negócio montado pelo pai. A partir disso, Zádina percebeu que nascia ali uma paixão grande e duradoura pela agricultura.

Com mais de 30 anos envolvida no agronegócio, ela diz que, como mulher, considera esse um ramo desafiador, mas gratificante ao mesmo tempo. “Iniciei com a empresa aos 17 anos de idade, em outra época. Então, como mulher, passei sim por alguns desafios, mas sempre fui muito otimista, sempre mantive minha fé de que iria dar certo e sempre estudei muito, para também conseguir

transmitir tudo isso aos colaboradores e clientes. Consequentemente, ao longo do tempo, fomos construindo essa troca de experiências, confiança e respeito. Ver esse retorno é algo que me faz muito feliz”.

Em relação à percepção sobre a presença de mulheres no setor, sobretudo em campo, Zádina comenta que ainda há muitas barreiras, mas, com a perseverança, disciplina e a crença em si próprias, isso, aos poucos, vem se modificando. “As mulheres têm um ‘feeling’ para os negócios, para as oportunidades. Então o que eu digo é para que, principalmente, acreditem em si mesmas e tenham muita disciplina e perseverança para alcançar seus objetivos, porque, no final, vale muito a pena”, conclui. E, sobre isso, a assistente técnica de vendas da linha Topseed Premium da Agristar no Rio Grande do Sul, Daniela Dumke, entende bem.

Filha de produtores rurais no interior do estado, desde cedo já trabalhava na vida do campo, quando, então, surgiu a oportunidade de fazer seu primeiro curso técnico na área de agricultura. Depois, realizou outros três cursos em agroindústria, fruticultura e horticultura.

Mas foi neste ano que alcançou um de seus maiores sonhos desde quando iniciou sua trajetória: cursar agronomia.

“Acredito que não parar de estudar e trabalhar é um grande incentivo também. Há 10 anos, quando comecei o curso técnico, havia poucas meninas e nem todas chegaram ao final. Logo após me formar vi o desafio de achar algo na área, pois existia muito preconceito. Hoje, vejo que as empresas já estão muito mais receptivas ao trabalho feminino. Vejo no campo mulheres como eu sujando a botina mesmo, fazendo igual qualquer um”, compartilha.

Outro ponto ressaltado por ela é a maior participação das esposas de agricultores sobretudo na tomada de decisões. “Não se via essa realidade com tanta frequência. Isso se torna um facilitador para as mulheres, pois conseguem exercer suas potencialidades e estratégias. Todos somos iguais e merecemos o mesmo respeito e os mesmos direitos”.

Unir para mudar

Para modificar qualquer cenário no âmbito social, a união é uma das peças-chave. E, no segmento agrícola, isso não seria diferente. Dentro de empresas ou em meio a estufas e campos, a união entre mulheres também se faz presente e é um importante elo de fortalecimento entre elas e pelas mudanças que ainda são necessárias.

“Trabalhar com as meninas, em equipe, é muito bom. Nós trocamos experiências, nos fazemos companhia e estamos sempre cuidando umas das outras, unidas. Assim, o trabalho também fica mais leve e produtivo”, conta a auxiliar de campo da Agristar na Estação Experimental de Santo Antônio de Posse (SP), Umbelina Leite de Campos.

Trabalhando, principalmente, nas estufas com outras duas mulheres, Umbelina realiza todos os manejos das culturas, desde o plantio até a colheita, fazendo, inclusive, a avaliação dos materiais quando solicitado.

“Amo o que faço e sempre me dediquei ao trabalho. Nós mulheres somos muito fortes, exercemos uma dupla jornada com família e trabalho e, de algum jeito, damos conta. Acredito que as empresas ganham muito com a nossa presença e que, juntas, apoiando umas às outras, vamos conquistar cada vez mais espaço dentro do mercado de trabalho”, finaliza.

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