Após o relaxamento das políticas rigorosas de controle da Covid-19 em dezembro/22, a China passou a retomar gradativamente a sua produção interna de ativos. A retomada da oferta veio acompanhada da queda da demanda a nível mundial, o que levou novamente a formação de estoque nos principais fabricantes chineses e reduziu o preço de boa parte dos ativos técnicos e intermediários.
Nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de comodities agrícolas, o governo está tentando reverter as altas taxas inflacionarias. Para isso ele elevou as taxas juros, desestimulando a obtenção de empréstimos para investimentos internos no país, principalmente no setor agrícola, reduzindo a demanda por ativos.
Já para a Índia e Europa, problemas de fornecimento energético impactaram em uma menor capacidade produtiva para as fabricantes locais. Além disso, a maior probabilidade de ocorrência do fenômeno climático do ‘El Niño’ a partir do segundo semestre de 2023, tende a proporcionar um inverno mais rigoroso nos países europeus e redução das monções na Índia, desestimulando a produção agrícola e a demanda interna por defensivos.
Por último, no mercado brasileiro, os estoques ainda estão elevados e alguns produtores estão aguardando para realizar as suas aquisições para o ciclo 2023/24. Assim, a demanda sofreu atrasos e os preços dos ativos reduziram no comparativo mês a mês.
Foto divulgação: Jacto