São Paulo, outubro de 2022 – Segundo pesquisas, os brasileiros consomem, em média, cinco litros de agrotóxicos por ano. Estes produtos são utilizados para proteger as plantas da ação das doenças e das pragas, como toxinas produzidas por fungos e bactérias que estão presentes naturalmente em cereais, legumes e frutas. Se utilizados conforme a recomendação dos fabricantes, os agrotóxicos são seguros. Porém, após a aplicação destes defensivos agrícolas, é possível que permaneçam alguns resíduos.
A legislação brasileira estabelece o Limite Máximo de Resíduos (LMR) em alimentos, levando em conta a quantidade de ingestão diária aceitável, acumulada por toda a vida, que não oferece riscos para a saúde humana. As regras são fiscalizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e estabelecem a Dose de Referência Aguda (DRA), que é a quantidade de resíduos de agrotóxicos que pode ser consumida por uma pessoa em um período de 24 horas sem prejudicar a sua saúde.
Para tanto, existe um método que avalia o risco que representa os resíduos de agrotóxicos nos alimentos para os consumidores. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) existe desde 2011, foi criado pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e é coordenado pela Anvisa, em parceria com órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária e laboratórios estaduais de saúde pública. Ele usa como parâmetros a ingestão diária aceitável (IDA), o limite máximo de resíduos (LMR) e a dose de referência aguda (DRA). O cálculo considera que o alimento será consumido sem lavagem, cru e na sua forma integral, ou seja, com casca, talo e folha.
O último relatório do programa, divulgado em 2019, analisou mais de 4,6 mil amostras de produtos vegetais e identificou agroquímicos proibidos no Brasil, ou acima do limite estabelecido pela lei, em 23% dos alimentos como beterraba, cenoura, tomate, batata-doce, arroz, laranja, chuchu, pimentão, entre outros.
A Air Products Brasil, multinacional especializada em gases industriais, especiais e medicinais, oferece uma solução natural e eficaz, por meio da aplicação de atmosferas modificadas com altos níveis de dióxido de carbono (CO2) e baixos níveis de oxigênio (O2) para o controle de pragas, que minimiza o uso de agrotóxicos e produtos químicos. Com ela é possível realizar o controle de pragas de insetos em áreas de armazenamento como silos ou grandes sacos (big bags), bem como durante o transporte.
“O mercado tem buscado opções para ter alimentos sem alterações palatares. Ao colocar os grãos em recipientes travados hermeticamente, injetamos o CO2 a uma pressão de até 25 bar e podemos ter, então, alimentos sem alteração e preservados até o momento do consumo. É possível manter o gás durante o transporte para evitar que o ovo da praga ecloda durante o caminho. O objetivo é evitar a umidade”, conta Rafael Sarkozi Pereira da Silva, Engenheiro de Aplicação e Desenvolvimento da Air Products Brasil.
Sarkozi explica ainda que o tratamento de baixa pressão é um processo econômico com gás carbônico ou nitrogênio que funciona com a aplicação dos gases para a manutenção dos grãos armazenados. “Em um prazo de uma semana a 12 dias da aplicação as pragas são mortas. Já os tratamentos de alta pressão utilizam um equipamento de autoclave para comprimir o gás por uma ou duas horas e, depois, aliviar a pressão. O processo é extremamente eficiente para eliminar as pragas.”
Segundo ele, a grande vantagem de ambos os processos é que se evita o uso de agrotóxicos na armazenagem e no transporte dos grãos, preservando seu aroma e fragrância, além de ser mais saudável. “O CO2 não deixa resíduos, não requer intervalo de segurança e é adequado para alimentos orgânicos. Além disso, o tratamento é eficaz, já que pode ter um índice de até 100% de mortalidade das pragas típicas, não importa em qual estágio de desenvolvimento elas estejam. O gás carbônico recuperado é também ecologicamente correto”, conclui.
Para saber mais, acesse: https://www.airproducts.com.br/applications/pest-control#/