Atvos desenvolve projeto inovador que gera economia de 1,7 milhão de litros de água na Unidade Conquista do Pontal

A empresa utiliza de alta tecnologia nos processos industriais da planta agroindustrial em Mirante do Paranapanema (SP), contribuindo com as boas práticas ambientais

Implementar iniciativas de melhoria contínua é realidade constante em muitas empresas e grande parte dessas transformações vai muito além do retorno financeiro, pois contribui também com uma melhor gestão de recursos naturais na indústria. Foi com essa proposta que a Atvos, segunda maior produtora de etanol do país, alcançou a economia de 1,7 milhão de litros de água em sua Unidade Conquista do Pontal (UCP) ao longo das safras 2019/2020 e 2020/2021.

O volume economizado é suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de Mirante do Paranapanema (SP), onde a planta agroindustrial está localizada, durante 15 meses, o que, em períodos mais críticos de seca, auxilia diretamente para a garantia do fornecimento do recurso à população local, que possui cerca de 20 mil habitantes. "Os resultados alcançados vêm ao encontro das medidas adotadas pelos agentes públicos para contornar os períodos de escassez de água que várias regiões enfrentam. Como empresa atuante no Oeste Paulista, acredito que a iniciativa contribuiu com o desenvolvimento sustentável das comunidades locais", afirma Cristiano de Azeredo, gerente industrial da UCP.

Desenvolvido pela área de processos industriais da Atvos, o projeto não envolveu nenhum tipo de investimento direto, apenas a profunda utilização de conceitos da indústria 4.0 de inteligência artificial que já eram aplicados na operação. Apesar de o setor sucroenergético já ser considerado um dos que menos consome água no agronegócio, a empresa não poupou esforços para reduzir consideravelmente a captação no rio que abastece a região e buscar ainda mais automatização para o processo de extração do caldo da cana-de-açúcar para gerar etanol, açúcar e energia elétrica. "Esse software funciona de forma similar a um piloto automático de avião e nos auxilia tanto para permitir a redução do consumo de água na operação, quanto também pode atuar em outros indicadores que geram economia para a empresa", explica Cristiano.

O projeto tem como base três alicerces: planejamento avançado de produção, controle avançado de processos e manutenção preditiva sensorial de equipamentos críticos da planta. A partir do primeiro pilaré possível calcular, em tempo real, todas as etapas do processo a fim de alcançar a meta planejada para o dia, como a quantidade de cana-de-açúcar utilizada para a produção de açúcar ou etanol, o volume destilado, evaporado, moído, entre outros dados. Já no segundo garante que, com base nos dados gerados, consigamos alcançar o aumento da performance operacional. Por fim, o terceiro pilar nos permite antecipar falhas que possam vir a ocorrer nos equipamentos, gerando uma análise estatística da situação e nos proporcionando maior assertividade nas tomadas de decisão, garantindo ainda a máxima disponibilidade do maquinário.

Além da redução no consumo do recurso hídrico, a iniciativa também proporcionou um ganho financeiro de R$ 6,3 milhões devido ao aumento de eficiência no processo de extração. Em 2021, o programa conquistou o Prêmio UDOP/Embrapa de Boas Práticas Ambientais na categoria Gestão de Água. "Esse reconhecimento é muito gratificante para nós, principalmente pela dedicação que injetamos nessa inovação, que trouxe resultados bastante significativos. O próximo passo agora é estudar a ampliação para as outras unidades e aumentar a ação em outros processos industriais, como o de produção de açúcar", projeta o profissional.

Contribuição para o desenvolvimento socioeconômico no Oeste Paulista

Com forte atuação nos municípios de Teodoro Sampaio e Mirante do Paranapanema, a Unidade Conquista do Pontal possui 12 anos de atuação na região e emprega cerca de 1,8 mil pessoas diretamente e mais de 4,5 mil de forma indireta. A planta agroindustrial tem uma capacidade de moagem de 5,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e de produção de 450 mil toneladas de açúcar VHP. Além disso, produz 320 milhões de litros de etanol hidratado e exporta 410 GWh de energia limpa e sustentável, o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 200 mil habitantes.

Mais do que gerar emprego e renda na região, a unidade se destaca pelo seu compromisso com investimentos sustentáveis e de longo prazo, responsáveis por fomentar o desenvolvimento social, econômico e ambiental. Alguns exemplos de iniciativas são a doação de mais de 20 mil litros álcool 70%, que, desde o começo da pandemia, beneficiaram um público estimado de mais 365 mil pessoas em oito cidades do Oeste Paulista; e o Movimento Comunidade, que possibilitará que 40 mulheres das comunidades locais recebam capacitação gratuita para atuar como operadoras de máquinas agrícolas no agronegócio.

Na região, a empresa também firmou uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para realizar o plantio de 300 mil mudas nativas da Mata Atlântica até o fim deste ano. Assim que a restauração florestal for concluída, o trecho será transformado em área de conservação para que integre oficialmente a Estação Ecológica Mico-Leão Preto. 

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