O preço do petróleo disparou na tarde desta sexta-feira (13) após o Irã lançar um ataque direto contra Israel, marcando um novo e perigoso capítulo nas tensões do Oriente Médio. A escalada do conflito provocou uma reação imediata no mercado internacional de energia, com o petróleo Brent registrando alta de até 9% e atingindo US$ 78,50 por barril — o maior valor desde 27 de janeiro.
Às 16h02 (horário de Brasília), o Brent era negociado a cerca de US$ 75, com avanço de 8,2%. Já o barril do petróleo WTI (West Texas Intermediate), referência nos Estados Unidos, chegou a subir 8,3%, alcançando US$ 77,62 — maior cotação desde 21 de janeiro.
A forte valorização reflete o temor de interrupções no fornecimento de petróleo em uma das regiões mais estratégicas para o abastecimento global. Especialistas alertam que novos desdobramentos entre os países podem pressionar ainda mais os preços da energia e influenciar diretamente a inflação em economias importadoras, como o Brasil.
O impacto da ofensiva foi sentido também no mercado de ativos digitais. O Bitcoin (BTC) recuava mais de 2% pela manhã, sendo negociado pouco acima dos US$ 107 mil. Já o Ethereum (ETH) registrava queda de aproximadamente 7%. A queda das criptomoedas ocorre diante da crescente aversão ao risco dos investidores, que buscam proteção em ativos mais tradicionais diante da incerteza global.
A ofensiva militar começou com ataques de Israel ao Irã na noite da quinta-feira (12), levando Teerã a retaliar com o disparo de mísseis balísticos. Segundo fontes da imprensa internacional, sirenes de alerta soaram em cidades como Tel Aviv e Jerusalém. O exército israelense informou que todo o território nacional foi colocado sob fogo direto, enquanto trabalhava para interceptar os projéteis.
A escalada militar também afeta as negociações diplomáticas entre Irã e Estados Unidos, que envolvem o programa nuclear iraniano. Israel já vinha alertando sobre uma possível ofensiva para impedir o avanço de Teerã no desenvolvimento de armas nucleares. A Casa Branca negou envolvimento nas ações militares.
Com a tensão crescente, o mercado internacional de energia segue em alerta máximo, e os desdobramentos do conflito devem continuar influenciando a cotação do petróleo, o câmbio e a inflação global nas próximas semanas.
Fonte: BPMoney