As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram o primeiro trimestre de 2025 com forte avanço e sinalizam a preparação do campo para uma safra promissora. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), foram entregues 9,44 milhões de toneladas entre janeiro e março, um aumento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o volume ficou em 8,65 milhões de toneladas.
O mês de março, isoladamente, registrou 2,36 milhões de toneladas, crescimento de 13,6% frente às 2,08 milhões entregues em março de 2024. Para a ANDA, esse resultado reflete a combinação de uma expectativa de colheita recorde, a boa fluidez logística e o empenho do setor em garantir o insumo no tempo certo ao produtor rural.
Entre os estados, Mato Grosso se manteve na liderança com 2,35 milhões de toneladas entregues apenas em março, representando 24,9% do total nacional. Também se destacam Paraná (1,34 milhão), Goiás (1,06 milhão), Minas Gerais (978 mil) e São Paulo (967 mil toneladas).
Produção nacional e importações
A produção interna de fertilizantes intermediários teve comportamento misto. Embora tenha crescido 10,1% no acumulado do trimestre, alcançando 1,68 milhão de toneladas, houve queda de 6,1% em março, com 535 mil toneladas produzidas no mês.
As importações, por outro lado, seguem em ritmo acelerado. Somente em março, o país importou 2,49 milhões de toneladas, alta de 24,3%. No acumulado de janeiro a março, foram 8,49 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 13,9% frente ao mesmo intervalo de 2024.
O porto de Paranaguá, principal porta de entrada para os fertilizantes, respondeu por 28,9% do total nacional, com 2,45 milhões de toneladas descarregadas no trimestre — avanço de 3,6% na comparação anual.
Olhar do produtor
O avanço nas entregas e na logística do setor é acompanhado de perto por produtores rurais e pelas cadeias do agroindustrial, como o setor sucroenergético, que depende diretamente da disponibilidade de fertilizantes para garantir a produtividade dos canaviais. A antecipação nas compras e a melhoria no escoamento logístico são fatores estratégicos que fortalecem a preparação para uma safra robusta e com menos riscos de desabastecimento.
Fonte: ANDA / Siacesp / MDIC