O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão desta terça-feira (10) com alta de 0,54%, aos 136.436,07 pontos. O desempenho positivo reflete o equilíbrio entre dois grandes grupos de empresas listadas: enquanto as ações de bancos sustentam o índice, os papéis do setor de commodities exercem pressão negativa, segundo analistas.
Atualmente, cerca de 25 companhias concentram aproximadamente 75% do peso do Ibovespa. “Estamos vendo uma gangorra. As empresas de commodities pressionam o índice para baixo, enquanto o setor bancário o puxa para cima”, afirmou Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital. Esse movimento tem mantido o índice lateralizado em torno dos 135 mil pontos, sinalizando um momento de estabilidade com viés positivo.
Durante o dia, o mercado também reagiu à divulgação de dados mais fracos do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o que abriu espaço para apostas em cortes na taxa básica de juros, cenário que anima parte dos investidores e pode favorecer setores produtivos da economia.
No câmbio, o dólar comercial subiu 0,13%, sendo negociado a R$ 5,56. O índice DXY — que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de divisas — teve leve alta de 0,10%, chegando a 99,04 pontos, indicando um fortalecimento moderado do dólar no mercado internacional.
Entre os destaques do dia, a ação da Vamod (VAMO3) liderou os ganhos com valorização de 5,88%, seguida por Braskem (BRKM5) e CSN (CSNA3), que avançaram 4,67% e 4,10%, respectivamente. Na ponta oposta, Embraer (EMBR3) teve a maior queda do pregão, recuando 2,43%. BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) também registraram perdas, de 2,15% e 2,11%, respectivamente.
O comportamento da bolsa e do dólar segue sendo acompanhado com atenção por produtores, exportadores e investidores ligados ao agronegócio, especialmente em momentos de oscilação cambial e expectativa de corte nos juros — fatores que impactam diretamente o crédito rural e a competitividade das exportações brasileiras.
Fonte: Bpmoney