Especialista comenta sobre desafios e oportunidades com a abertura do mercado livre de energia

A estimativa da Aneel é que para 2024 a migração atinja clientes que consomem um total de 279,4 GWh

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O Mercado Livre de Energia (MLE) tem se revelado um comércio propício para desafios e oportunidades à medida que mais consumidores buscam a liberdade de escolher seus fornecedores de energia.

Este ambiente de negociação, criado com o propósito de fomentar a concorrência, permite que consumidores negociem diretamente com geradores ou comercializadores de energia, estabelecendo condições personalizadas de fornecimento.

Até o final do ano passado, , a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelece requisitos de demanda para a participação no MLE, restrito a unidades que operam em alta tensão (Grupo A) e possuem uma demanda contratada de pelo menos 500 kW, o que mudou no início de 2024 com a abertura do mercado

Mauricio Crivelin, CEO da Kinsol, franquia no ramo de energias renováveis, explica que, em de janeiro deste ano, os benefícios do mercado livre de energia estão sendo estendidos a todos os consumidores do Grupo A, proporcionando uma rota de migração com potencial para atrair milhares de novos participantes.

Antes o opção de adquirir energia pelo Mercado Livre, estava acessível apenas para consumidores que gastasse acima de 80 mil reais por mês em energia, com o nascimento do mercado livre varejista esse anos, todos os consumidores do grupo A podem migrar, ou seja, padarias, minimercados, açougueques, escolas, academias, que gastam a partir de 9.000 reais por mês, agora podem usufruir desse benefício de ter desconto recebendo energia limpa sem a necessidade de fazer investimento.

Cerca de 72 mil consumidores de alta tensão estão aptos a migrar em janeiro, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A estimativa da Aneel para 2024 é que a migração atinja clientes que consomem um total de 279,4 gigawatts-hora (GWh) de energia por mês, representando uma mudança significativa no panorama energético.

"De acordo com estudos da CNI a migração pode resultar em uma economia de até 30% na conta de luz, devido aos custos de aquisição de energia menores nesse mercado’’, comenta Maurício.

Por outro lado, com essa abertura, as distribuidoras de energia elétrica enfrentam desafios, prevendo a perda de clientes ligados em alta tensão, como comércios e indústrias.


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