Falta de mão de obra qualificada é um dos desafios de contratação em empresas do MS

O Mato Grosso do Sul, assim como Mato Grosso e Goiás, é um estado em amplo desenvolvimento e um dos desafios enfrentados pelas empresas da região que

Falta de mão de obra qualific
Falta de mão de obra qualific

A região Centro-Oeste é conhecida pela sua forte vocação para o agronegócio, atividade que em 2023 respondia por quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Entre agosto de 2022 e setembro de 2023, entre todas as demais regiões do país, o Centro-Oeste registrou o maior crescimento do PIB com um incremento de 5,1%, conforme dados Relatório Regional sobre o PIB, realizado pela 4intelligence.

O Mato Grosso do Sul, assim como Mato Grosso e Goiás, é um estado em amplo desenvolvimento e um dos desafios enfrentados pelas empresas da região que estão na esteira do crescimento é a falta de mão de obra qualificada. Carlos Ornellas, sócio da EXEC, empresa especializada em seleção e desenvolvimento de altos executivos e conselheiros, conta que grandes corporações de diversos setores que integram o agronegócio – como é o caso das indústrias de papel e celulose que se estabeleceram no Estado – enfrentam esse problema.

"Frequentemente, grandes unidades industriais, agrícolas ou logísticas são construídas em cidades pequenas. Na maior parte das vezes, isso dificulta o acesso das empresas na obtenção de uma mão de obra mais especializada ou com experiência na alta gestão, uma vez que inexistem esses perfis na região. Há ainda uma outra enorme dificuldade das organizações em atrair e reter profissionais de outras localidades já que essas cidades normalmente são remotas, distantes dos grandes centros e contam com uma infraestrutura incipiente", afirma.

“As empresas precisam, em muitos casos, contar com uma equipe de gestão experiente, o que demanda trazer executivos de outros Estados. Isso nem sempre é algo fácil, seja por questões de adaptação na região, atratividade financeira e até mesmo de projeção de carreira por não se estar nos holofotes de um grande centro. Após a atração, outro passo importante é reter o profissional na localidade”.

Alguns setores têm foco de atenção do sócio da EXEC como agronegócio, indústria, logística e infraestrutura. “O agronegócio movimenta uma cadeia extensa de setores e segmentos, com empresas de diversos portes e que atuam para suportá-lo e complementá-lo, seja com o fornecimento de matérias primas, no beneficiamento, transformação e manufatura dos produtos, na cadeia logística, entre tantos outros. Por isso, temos um campo vasto pela frente a ser desbravado”.

Outro desafio inclui a questão cultural. “Como muitas empresas são familiares e não têm experiência com consultorias, empresas de consultoria e seleção de executivos que chegam na região, como é o caso da EXEC, devem quebrar alguns paradigmas. Será preciso fazê-las enxergar o valor de ter um parceiro para ajudá-las na sua profissionalização, com a contratação de executivos, treinamentos de liderança e formação de conselho” enfatiza Ornellas.

A intenção dele, que já está na cidade com a família instalada e adaptada, é rodar não somente por Campo Grande, mas também pelo interior do Mato Grosso do Sul e demais Estados do Centro Oeste, levando esse conceito para as empresas locais. “Muitas empresas da região gostam do olho no olho e o tipo de conexão criada em uma conversa presencial faz toda diferença na hora de se construir uma relação mais próxima”, conclui.


Foto: Quelvin Clecio
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