Última atualização do Monitor de Secas indica Centro-Oeste como a região com maior percentual de área com seca no Brasil

Em termos de severidade do fenômeno, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram um abrandamento do fenômeno, enquanto o Distrito Federal e Goiás se

Última atualização do Monit

Da Redação

Entre abril e maio, a seca seguiu sendo registrada em 100% do território do Distrito Federal. Em Goiás o fenômeno se manteve em 87% do território do estado nesse período. Em Mato Grosso do Sul a área com seca diminuiu de 40% para 31% nesses dois meses, enquanto em Mato Grosso houve o aumento do território com seca de 66% para 70% do estado.


Na comparação entre abril e maio, a intensidade da seca se manteve estável tanto no Distrito Federal (somente com seca fraca) quanto em Goiás (com estabilidade nas áreas com seca fraca, moderada e grave). Em Mato Grosso ocorreu um leve abrandamento do fenômeno com a redução das áreas com seca grave e moderada. Em Mato Grosso do Sul a seca também ficou mais branda no período com o desparecimento de áreas com seca grave e a redução da seca moderada no território sul-mato-grossense.


Cenário Nacional

Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em seis estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia. Em outros três estados, a seca ficou mais intensa no período: Bahia, Minas Gerais e Pará. A seca ficou estável em termos de severidade em 14 unidades da Federação: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Duas unidades da Federação continuaram livres do fenômeno em abril: Ceará e Paraná.


Na comparação entre abril e maio, nove estados tiveram uma diminuição da área com seca: Acre, Alagoas, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Em outros sete estados houve aumento da área com o fenômeno: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em sete unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Tanto no Paraná quanto no Ceará o fenômeno não foi registrado entre março e maio.


As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE

Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.


As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Mato Grosso lidera a área total com seca de maio, seguido por Minas Gerais, Bahia, Amazonas e Pará. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno diminuiu de 3,68 milhões de quilômetros quadrados para 3,61 milhões de km², o equivalente a 42% do território brasileiro.


As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE

O Monitor de Secas

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em suas respectivas unidades da Federação são as seguintes:


  • DISTRITO FEDERAL: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA);
  • GOIÁS: Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);
  • MATO GROSSO: Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso (SUPDEC) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA);
  • MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).

O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 23 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.


Fonte: Ascom

Foto capa divulgação: Mais soja

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