O Inverno começou oficialmente nessa quarta-feira (21) no Hemisfério Sul do Planeta. A estação é característica pelas baixas temperaturas. Entretanto, isso pode ser alterado nesse ano sob efeito do fenômeno conhecido por El Niño, conforme análise feita pelos técnicos do CEMTEC (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O El Niño basicamente consiste no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, suficiente para causar alterações no regime de chuvas e temperatura do mundo todo. O meteorologista do CEMTEC/MS Vinicius Banda Sperling afirma que, até o momento, os institutos e observatórios falam na ocorrência de El Niño entre moderado a forte e não é possível prever quais os impactos para Mato Grosso do Sul, que está localizado no centro do Continente.
Alguns modelos climáticos previam que o ano seria pouco chuvoso para Mato Grosso do Sul, entretanto, o que se tem registrado até o momento são chuvas acima da média, frisa o meteorologista. “Para o Pantanal não há uma sinalização clara do provável efeito do El Niño com relação a chuva. Mais certo será uma elevação na temperatura em comparação com outros anos”, frisou.
Nos anos de 2015 e 2016 o fenômeno El Niño provocou as mais altas temperaturas da história. Algumas previsões apontariam para uma repetição dessa situação no El Niño de 2023 e 2024, podendo até ser de maior intensidade. “Ainda é cedo para saber se isso vai acontecer”, disse Sperling.
A previsão do CEMTEC/MS para o trimestre julho, agosto e setembro é de chuvas dentro ou ligeiramente acima da média histórica em Mato Grosso do Sul. As temperaturas também tendem a ficar acima da média.
Publicado por: João Prestes
Foto divulgação: Clima Tempo