50 mil mudas de árvores nativas do cerrado serão plantadas em parques de Brasília

Iniciativa realizada em seis parques da cidade faz parte do Programa Raízes da União, da farmacêutica União Química, em parceria com o Instituto Arvor

50 mil mudas de árvores nativ

A multinacional brasileira, União Química, para celebrar seus 85 anos de história, lançou o Programa Raízes da União que plantará 1 milhão de árvores nativas nos próximos cinco anos nos estados onde a companhia possui unidades fabris. Em São Paulo, a região escolhida é a Serra da Cantareira, em Minas Gerais é a Serra da Mantiqueira e no Distrito Federal a companhia escolheu seis parques da cidade para receber o plantio de 50 mil mudas de espécies nativas do bioma cerrado.

O Brasil é o país com maior quantidade de água potável no mundo. No bioma cerrado ficam localizados os maiores reservatórios dessas águas que contam com três aquíferos: Guarani, Bambuí e Urucaia -- são 191 mil nascentes na região que levam água para oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras que abastecem estados como São Paulo e Minas Gerais. Já a região do Distrito Federal sofre há anos com a ação de grileiros e invasões, o que coloca o meio ambiente e a água do entorno em risco e degradação constante. Outro impacto negativo é a aprovação do Projeto de Lei nº 2776, pelo Senado Federal, que reduz em 40% a Floresta Nacional de Brasília, o que tende a gerar um enorme desmatamento em grandes áreas do bioma.

Diante deste cenário, a União Química se uniu ao Instituto Arvoredo em uma parceria que visa realizar o plantio das 50 mil mudas em Brasília (DF), por meio do programa de sustentabilidade da farmacêutica. A entidade parceira da companhia na região brasiliense é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) e nasceu durante a crise hídrica na capital federal.

"Como é possível Brasília, no centro da maior fonte de água do mundo, sofrer uma crise hídrica? Essa situação nos ligou um alerta da necessidade de combater o desmatamento e a iniciar uma forte mobilização para a preservação das nascentes. Nossa luta começou em 2016 e não tem data para terminar. Mas com certeza temos maiores chances de vencer se pudermos contar com iniciativas que visam cuidar do meio ambiente em que vivemos, como o Programa Raízes da União", explica o CEO da Arvoredo, Lúcio Lima.

Ele reforça que apenas quando todos os elos da sociedade trabalharem juntos conseguiremos restaurar aquilo que foi destruído. "A União Química é um exemplo a ser seguido no cuidado e respeito com o planeta e com a vida", ressalta.

Os parques de Brasília que receberão as mudas são: Refúgio de Vida Silvestre Gatumé (Samambaia Sul); Parque Ecológico Três Meninas (Samambaia Norte); Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga); Parque Ecológico do Riacho Fundo (Riacho Fundo I); Parque Ecológico do Recanto das Emas (Recanto das Emas); e Área de Relevante Interesse Ecológico da Granja do Ipê (Núcleo Bandeirante).


Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga). Imagem: IBRAM/GDF

O plantio acontecerá nos meses mais chuvosos do ano, começando em novembro e seguindo até março de 2023 e o Instituto Arvoredo irá preparar a terra, acompanhar o crescimento das mudas, zelar pela segurança delas, mas, para o plantio, a população que mora ao redor dos parques será convidada para ajudar e, nessa oportunidade a organização em parceria com a farmacêutica trabalharão também a conscientização da sociedade sobre a importância das árvores para a sobrevivência de todos.

"Quanto mais nos aprofundamos no tema de sustentabilidade maior nossa consciência e preocupação com o planeta que iremos deixar para as gerações futuras. E poder contribuir e fazer a diferença através de um programa que foi elaborado de forma segura, e abraçado com muito carinho por todos os colaboradores da União Química nos faz acreditar que a mudança que precisamos está nas nossas mãos, o importante é começar e continuar", enfatiza o presidente da União Química, Fernando de Castro Marques.

A atuação do programa Raízes da União na capital federal irá beneficiar milhões de pessoas, dentro e fora do Distrito Federal. E para a população local, além de auxiliar no cuidado com as águas, há a vantagem proporcionar mais espaços arborizados que contribuem para a melhora da qualidade do ar e criação de espaços com sombras, uma vez que parte dos locais escolhidos para os plantios são abertos ao público.

"A restauração ecológica não é apenas plantar árvores, é conhecer o bioma, a região, a vegetação, as pessoas, são diversas variáveis que tornam o plantio viável. Esse é um dos desafios do programa Raízes da União, por isso ter parceiros com experiência e conhecimento, como Instituto Arvoredo, é essencial para o sucesso do nosso programa", finaliza o presidente da União Química.

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