A NetZero, green tech franco-brasileira cujo modelo premiado alavanca o biochar para combater as alterações climáticas e tornar a agricultura mais sustentável, se reuniu com autoridades do Estado de Goiás, neste semana, com o objetivo de desenvolver iniciativas junto ao setor sucroalcooleiro da região. Participaram do encontro Pedro Leonardo, Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e sua equipe. Além do secretário, a NetZero se reuniu com Edwal Portilho (Tchequinho), Presidente Executivo da ADIAL (Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás), e Paula Coelho, referência no Governo do Estado de Goiás para atração de novos negócios.
Goiás tem papel de destaque no setor, ao ocupar o terceiro lugar no ranking de maior produtor do país, com 10,7% da produção total. Já quanto ao principal derivado da planta, o etanol, Goiás produziu 4,7 bilhões de litros de combustível na safra 2023/24, número que representa 16% da produção nacional e coloca o Estado em 2º lugar no ranking brasileiro.
“É uma agenda estratégica para a NetZero, principalmente porque depois de hoje formalizamos um relacionamento institucional junto ao governo goiano”, afirma Ricardo de Figueiredo, diretor de ESG e Excelência Industrial da NetZero.
A conversa reforçou a importância de soluções inovadoras para agregar valor à produção industrial do Estado, consolidando Goiás como um polo de referência em práticas sustentáveis para o setor.
“Goiás tem planos grandiosos para se tornar referência em agricultura sustentável e aumentar ainda mais a produção do Estado, ao mesmo tempo que adota práticas que favoreçam a agricultura regenerativa e de baixo carbono”, enfatiza Pedro Leonardo, secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás.
Dessa agenda, surgiram diversas oportunidades que viabilizam as operações em Goiás, posicionando o Estado como vanguarda nacional e internacional na descarbonização da produção agrícola e regeneração de solos, além do incremento da produção de biocombustíveis e energia limpa. A NetZero iniciará ainda neste semestre a atuação no Estado, por meio de experimentos agronômicos, em parceria com uma grande empresa do setor sucroalcooleiro de Goiás, que será referência no Brasil.
Atualmente, a NetZero já possui unidades produtivas em Lajinha (MG) e em Brejetuba (ES), e possui mais duas fábricas em construção, com uma meta de centenas de outras na próxima década. Nas duas unidades existentes, em parceria com a Coocafé, a empresa recolhe as cascas de café de produtores associados e as utiliza como sua matéria-prima principal na produção do biochar. Em troca, o cafeicultor recebe gratuitamente parte do biochar produzido a partir de suas cascas e compra o restante próximo ao preço de custo. O uso do biochar como condicionador de solo na cafeicultura demonstrou ganhos de produtividade consistentes, acima de 20% já na primeira safra após a aplicação. Este ciclo ainda produz milhares de créditos de carbono de alto valor agregado, referentes ao sequestro definitivo de carbono atmosférico permitido pelo biochar.