Na última quinta-feira (31), o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinaram um protocolo de intenções durante a COP 16 em Cali, Colômbia. O acordo formaliza a colaboração entre as instituições para fortalecer a gestão de florestas públicas e a conservação da biodiversidade no Brasil. Embora não inclua transferência de recursos, o IPAM contribuirá com estudos técnicos que auxiliarão o MMA nas suas atividades.
Com 56,5 milhões de hectares de florestas públicas na Amazônia ainda sem destinação, as áreas permanecem vulneráveis à degradação, desmatamento e queimadas, sendo essenciais para a biodiversidade e o equilíbrio climático. Em setembro, uma área recorde de 756.300 hectares foi queimada, evidenciando a urgência dessa parceria.
A ministra Marina Silva destacou a importância da união de esforços entre o IPAM e o MMA para desenvolver políticas públicas eficazes que envolvam a sociedade na proteção das florestas. O protocolo permitirá a realização de estudos e relatórios que orientarão a destinação das florestas para uso sustentável, beneficiando comunidades locais e promovendo a criação de áreas protegidas.
As florestas públicas não destinadas (FPND) representam um patrimônio natural valioso, mas têm sido ameaçadas pelo desmatamento e pela grilagem. Com a nova parceria, espera-se que a gestão das FPND priorize a proteção e o uso sustentável por povos indígenas, quilombolas e pequenos produtores, contribuindo para um clima mais equilibrado no Brasil.