ADM firma parceria com Instituto Homem Pantaneiro para a conservação do Pantanal

Projetos visam a prevenção e combate a incêndios e manutenção de áreas de nascentes na região

ADM firma parceria com Institu

A ADM, líder em comercialização de grãos, insumos, nutrição humana e animal, anuncia a parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) para a conservação do Pantanal. Por meio do programa de investimento socioambiental corporativo da multinacional, o ADM Cares, o apoio é direcionado a dois programas do IHP: Brigada Alto Pantanal e Cabeceiras do Pantanal. Os principais objetivos são a prevenção, realização de um diagnóstico para a implementação de ações de educação ambiental junto às comunidades ribeirinhas, combate a incêndios e proteção de nascentes.

Segundo o Monitor Global de Secas, a região do Pantanal encontra-se sob o regime de seca persistente de intensidade extrema a moderada nos últimos 12 meses, o que afeta diretamente a ocorrência de incêndios florestais. Dados publicados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) indicam que as áreas afetadas pelo fogo, entre janeiro e junho de 2024, foram as maiores registradas: 627 mil hectares, contra 258 mil hectares atingidos pelos históricos incêndios, no mesmo período, de 2020.

Para Paloma Carrilli, gerente de sustentabilidade da ADM no Brasil, a parceria com o IHP é essencial. “Estamos vivendo um período de mudanças climáticas com consequências extremas nos nossos biomas. Por meio da colaboração, garantimos nossa atuação contínua no combate às queimadas, além de contribuirmos de forma efetiva no processo de desenvolvimento de novas formas de monitoramento e preservação em conjunto com as comunidades locais. Cuidar do Pantanal é cuidar de um Patrimônio Natural da Humanidade e a atuação deve ser conjunta e coordenada com todas as esferas da sociedade”, afirma.

Trabalho de conservação no Alto Pantanal

O Pantanal é o bioma brasileiro mais afetado por incêndios nas últimas três décadas, com 9 milhões de hectares atingidos, segundo informações publicadas em junho pela rede de pesquisas MapBiomas. Somente nos últimos 12 meses, foram reportadas mais de 9 mil ocorrências de focos de fogo, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com o objetivo de conservar e restaurar a região, o IHP criou dois programas: a Brigada Alto Pantanal (BAP) e o Cabeceiras do Pantanal.

A BAP tem como principal objetivo a prevenção dos incêndios florestais, atuação na recuperação de áreas atingidas pelo fogo, trabalhar em conjunto com as comunidades locais para a conscientização e educação ambiental sobre o manejo do fogo e, se for preciso, atuar no combate dos incêndios florestais. O Cabeceiras do Pantanal é um programa cujo propósito é realizar ações de monitoramento ambiental e diagnóstico da bacia do Alto Paraguai, identificando áreas de maior fragilidade ambiental e prioritárias para realizar ações de recuperação, principalmente para garantir o equilíbrio de nascentes que vão alimentar o rio Paraguai e tributários. As duas iniciativas são complementares e voltadas ao cuidado e à proteção constante do bioma.

Com o apoio da ADM, o IHP prevê a ampliação da capacidade operacional da brigada por meio de novas tecnologias, como drones e GPS. A parceria prevê a união de esforços com a BAP e as comunidades do Alto Pantanal para implementar uma rede de prevenção e enfrentamento ao fogo e aos efeitos das mudanças climáticas na região – com formação de duas brigadas, masculina e feminina, formada por indígenas da etnia Guató - e a realização de um diagnóstico sobre o uso do fogo pelas comunidades locais.

Para o Cabeceiras do Pantanal, o compromisso da ADM permitirá ao IHP o investimento em novos equipamentos, recursos humanos, logística, comunicação e ações de plantio de mudas nativas. A partir disso, o instituto produzirá um relatório detalhado sobre a região com a utilização do Geoprocessamento – fotos aéreas e imagens de satélite – e o acompanhamento no campo, trazendo indicadores reais dos pontos que necessitam de intervenção para iniciar a recuperação e preservação de nascentes. Em paralelo, será realizado um processo de manutenção e supervisão da evolução desses espaços entre 45 e 60 dias.

O presidente do IHP, Angelo Rabelo, destaca que as ações de conservação exigem um trabalho feito a várias mãos. “Os esforços para proteger o Pantanal precisam ser desempenhados por meio de parcerias por conta da complexidade das medidas que são desempenhadas. O comprometimento do setor privado e da sociedade é fundamental. Esse trabalho conjunto com a ADM garante ampliação das atividades e a possibilidade de se obter resultados ainda maiores com reflexo para as comunidades e a biodiversidade.”


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