APqC divulga nota sobre mortandade de peixes no Rio Piracicaba

O registro da mortandade de peixes ocorre em um momento em que São Paulo vive um desmonte do sistema de proteção ambiental

APqC divulga nota sobre mortan

Campinas, 17 de julho de 2024 – A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) acompanha com apreensão a mortandade de peixes registrada na Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã-Rio Piracicaba. O ecossistema, chamado de Pantanal Paulista, é formado por vegetação nativa, com predominância de Formação Pioneira de Influência Aluvial (Várzeas), além de remanescentes da Floresta Estacional. 

Para se ter ideia da importância da área para a fauna e a flora, um plano de manejo elaborado pelo Instituto Florestal revelou a existência de 435 espécies de vertebrados na APA Tanquã-Rio Piracicaba. A contaminação da água na região representa um risco não apenas para os peixes, como mostram as imagens de dezenas de espécies mortas, mas também para uma infinidade de aves e outros animais silvestres que utilizam o mesmo ambiente e compõem a cadeia alimentar.  

A APA Tanquã-Rio Piracicaba é refúgio para aves migratórias, que usam o local para repor energias durante seu deslocamento. As lagoas marginais também são usadas para desova e desenvolvimento de alevinos. 

O registro da mortandade de peixes ocorre em um momento em que São Paulo vive um desmonte do sistema de proteção ambiental, com extinção de institutos do meio ambiente, como o centenário Instituto Florestal, e o projeto de concessão de áreas de conservação e pesquisa para exploração de empresas. É preciso que a sociedade paulista se mobilize em defesa do meio ambiente e de suas instituições centenárias, cobrando punição aos responsáveis e compromisso dos políticos diante da emergência climática. 


Foto: Wagner Romano / Jornal PIRANOT

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