Brasil avança na produção de SAF, o combustível sustentável que transforma a aviação

A transição para uma aviação mais sustentável ganhou força com a aprovação da Lei do Combustível do Futuro, que prevê a adoção do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) em voos domésticos a partir de 2027. A meta inicial é incorporar 1% do SAF ao consumo nacional, crescendo gradualmente até 10% em 2037. O Brasil, segundo maior produtor de etanol do mundo, tem a chance de liderar essa revolução, aproveitando sua vasta produção de biomassa e uma indústria sucroenergética consolidada.  

Desenvolvimento:

O SAF surge como uma solução inovadora para reduzir as emissões de gases de efeito estufa da aviação, que hoje representam cerca de 3% das emissões globais. Produzido a partir de matérias-primas renováveis, como o etanol, o SAF pode reduzir em até 80% as emissões de carbono em comparação ao querosene de aviação.  

O Brasil já desponta como protagonista nesse cenário, com usinas certificadas e tecnologias avançadas que transformam o etanol em um combustível de alto desempenho para aviões. Além de atender à demanda interna, o país tem potencial para exportar SAF para mercados como Estados Unidos e União Europeia, onde a pressão por metas ambientais é ainda maior.  

O papel de Mato Grosso do Sul: 

Nesse contexto, Mato Grosso do Sul ganha destaque como um dos estados mais preparados para integrar a cadeia produtiva do SAF. Com uma infraestrutura robusta de produção de etanol e uma usina já certificada para fornecer o biocombustível para a fabricação do SAF, o estado se posiciona como um dos grandes players no mercado nacional.  

Além disso, a localização estratégica e os incentivos estaduais para inovação tecnológica tornam Mato Grosso do Sul uma peça-chave para atrair investimentos e consolidar o Brasil como referência global em combustíveis sustentáveis.  

Conclusão: 

A conexão entre o etanol e o SAF não apenas reforça o papel do Brasil na liderança da bioenergia, mas também cria oportunidades econômicas e ambientais de longo prazo. Mato Grosso do Sul, com suas condições excepcionais, mostra que o futuro do setor aéreo sustentável passa diretamente por suas usinas e iniciativas.