As usinas de cana-de-açúcar das regiões Norte e Nordeste apresentaram resultados positivos no acumulado da safra 2024/2025 até o final da segunda quinzena de outubro. Segundo a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), foram processadas 27 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, registrando um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período da safra anterior.
A produção de açúcar atingiu 1,43 milhão de toneladas, um crescimento expressivo de 22,2% em comparação com as 1,17 milhão de toneladas registradas até outubro de 2023. De acordo com Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio, este avanço reflete a eficiência e a resiliência do setor na região.
No segmento de biocombustíveis, o etanol hidratado, usado diretamente no abastecimento de veículos flex, foi destaque, com um aumento de 34,4% na produção, alcançando 734,5 milhões de litros. No mesmo período da safra passada, a produção foi de 546,5 milhões de litros. Por outro lado, o etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, apresentou queda, totalizando 437,4 milhões de litros, frente aos 625,5 milhões de litros produzidos no ciclo anterior.
Perspectivas para o mercado de biocombustíveis
Cunha destacou que a demanda pelo etanol hidratado tem sido mais robusta em comparação ao anidro. Ele apontou que a mistura do anidro na gasolina, atualmente fixada em 27%, poderia ser elevada para até 30% ou mais, conforme estudos conduzidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e outros órgãos.
A expectativa é que a safra 2024/2025 encerre com a produção de aproximadamente 1,22 bilhão de litros de etanol hidratado e 1,06 bilhão de litros de anidro. Isso representaria um aumento total de 2,6% na produção de etanol em relação à safra anterior, com destaque para o crescimento de 5,6% no segmento do hidratado.
Estoques em alta
Outro ponto positivo foi o aumento no estoque físico de etanol, que alcançou 431,8 milhões de litros até o final de outubro. Este volume é 12,93% superior aos 382,4 milhões de litros registrados na mesma data da safra 2023/2024, indicando uma maior disponibilidade do biocombustível para atender à demanda do mercado.
Com uma performance crescente e boas perspectivas para o setor, as usinas do Norte e Nordeste reforçam sua relevância na produção de açúcar e etanol no Brasil, contribuindo significativamente para o abastecimento e a sustentabilidade energética do país.