Estudo publicado na revista Polymer descreve a produção de um material com potencial de ser usado na obtenção de hidrogênio (H2) a partir da divisão de moléculas de água utilizando luz solar (fotoeletrocatálise) no lugar de eletricidade convencional. Também chamado de “hidrogênio verde”, o H2 produzido a partir de fontes renováveis é forte aposta como combustível do futuro.
O artigo trata da preparação de filmes compostos por nanoestruturas de polianilina com camadas internas de nanotubos de carbono de paredes múltiplas para estudo da atividade em fotoeletrocatálise do material, especialmente em relação à reação para produção de hidrogênio. O material apresentou bom desempenho na absorção de luz e boa estabilidade, entre outras características positivas para obtenção de H2.
A polianilina é um polímero condutor da família dos polímeros flexíveis. Apesar de ter sido descoberta há mais de 150 anos, só recentemente capturou a atenção da comunidade científica porque foi identificada a sua alta condutividade elétrica.
A pesquisa envolveu grupos do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE), um dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) apoiados por FAPESP e Shell.
O artigo In situ polymerised polyaniline films over multi-walled carbon nanotubes coatings for enhanced photoelectrochemical performance pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0032386124002040.
FONTE: Agência Fapesp
* Com informações do CDMF.
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