Cada R$ 1 real investido em biotecnologia na saca de sementes de milho resulta em uma média de R$ 2,61 reais de retorno adicional na produção de milho, em R$ 1,59 na saca e R$ 3,59 em algodão. Porém, esse rendimento não chega à totalidade dos produtores que investem na produção transgênica. Isso porque falta consciência sobre a importância de boas práticas no manejo dessa produção. A prática de refúgio, por exemplo, é feita de forma correta apenas por 8% dos produtores no País.
A avaliação foi apresentada pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ??Marcelo Gravina, membro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, durante o Showtec 2017, nesta quinta-feira (19), em Maracaju-MS. No Brasil, a adoção de transgênicos chegou, em 2015, a 94,2% da produção de soja, 84,6% milho e 73,3% algodão. “Mesmo assim, são poucos os produtores que se preocupam com o refúgio, por exemplo, que é a prática que colabora para evitar perdas na produção”, diz Gravina.
As áreas de refúgio são determinadas de acordo com o tamanho e formato da propriedade e podem corresponder a pelo menos 20% da área de soja, com o limite máximo de 800 metros entre as plantas de soja Bt e as plantas de soja não-Bt. A prática contribui para evitar a evolução dos insetos resistentes à tecnologia Bt. Com o refúgio, as pragas e insetos cruzam com outras suscetíveis, gerando insetos sem resistência. Sem o refúgio, pragas e insetos ficam resistentes e seu controle irá exigir cada vez mais investimentos. “Outras práticas de manejo são a escolha de sementes de boa qualidade, manutenção de áreas limpas e dessecadas com eliminação de plantas invasoras, e monitoramento das pragas”, aponta.
Gravina ilustrou o crescimento da biotecnologia no País, uma ferramenta que evoluiu muito nos últimos anos. Na safra de 2010/11 eram 32,6 milhões de hectares. A área total foi para 45,7 milhões de hectares em 2015/16. Para esse ano, a expectativa é que atinja 49,1 milhões. O Brasil é o segundo País com maior área, ficando atrás apenas dos Estados Unidos que somou 70,9 milhões de hectares em 2015.
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