O setor de combustíveis renováveis do Brasil prevê que a mistura de biocombustíveis em derivados de petróleo crescerá naturalmente nos próximos anos, apesar da retirada das metas anuais obrigatórias do projeto de lei do RenovaBio, aprovado na noite de terça-feira na Câmara dos Deputados.A avaliação é de que o “cerne” da Política Nacional de Biocombustíveis, a descarbonização, foi mantido, o que levará a um aumento gradual da participação de tais produtos na matriz energética brasileira, mesmo sem objetivos definidos.O Brasil se comprometeu no Acordo do Clima de Paris a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 43% até 2030, tendo por base 2005.O texto original do RenovaBio, entregue à Câmara pelo deputado Evandro Gussi (PV-SP) em 14 de novembro, estipulava a adição obrigatória de biodiesel ao diesel em 20% até 2030, sendo que hoje está em 8%. Em relação à mistura de etanol anidro à gasolina, atualmente em 27%, esta deveria ir a 40 %.“O cerne, que é a descarbonização, foi mantido. Esse aumento de mistura serviria como uma dupla checagem para o cumprimento dessa descarbonização”, ponderou o superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski.Ele negou que a existência de metas preocupasse o setor. Para Tokarski, elas “dariam uma segurança maior”. “Retirou-se a meta de mistura, mas não se retirou a necessidade de ampliação delas, já que o Brasil precisa reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2030”, destacou.Na mesma linha, o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, disse que a retirada das metas “não atrapalha” o alcance delas, uma vez que o RenovaBio tende nos próximos anos a valorizar o uso do etanol hidratado, concorrente direto da gasolina.Ele comentou que a retirada das metas foi consensuada entre o fórum, governo, distribuidoras de combustíveis e a Anfavea, que representa os fabricantes de veículos.
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Fonte: Reuters
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